segunda-feira, 28 de maio de 2012

Mãe retira os olhos do filho por não fechá-los para rezar


Uma mulher arrancou os olhos de seu próprio filho, de apenas cinco anos, em represália porque não quis fechá-los para orar durante um ritual que celebravam sete pessoas -ao menos cinco da mesma família-, que asseguravam que na última quinta (24/05) "viria Deus" e "o mundo acabaria".


Maria do Carmen Rios García, de 23 anos, confessou que sua irmã, Lizbeth Rios García, lhe ajudou para que, sobre a mesa da cozinha, em casa de sua mãe,retirassem com as mãos os globos oculares de seu filho.



A agressão ocorreu em uma casinha simples da colônia San Agustín Atlapulco, o bairro mais marginalizado do município do oriente do estado do México. Um jovem de 17 anos, que estava preso na casa com outros três menores, assustou-se quando seu sobrinho começou a gritar; escapou e pediu auxilio aos vizinhos, que então chamaram a polícia. Quando os agentes chegaram ao local, encontraram Maria do Carmen rezando no meio de uma crise nervosa, enquanto abraçava com força o pequeno, que tinha o rosto tomado de sangue. Logo perceberam que o garoto não tinha os globos oculares e de imediato, assustados, pediram ajuda aos paramédicos.

Devido a gravidade, o garoto foi transladado em um helicóptero ao hospital no Distrito Federal, onde informam que seu estado é muito grave, pois ao que parece sofreu um derrame cerebral.

O adolescente que pediu ajuda contou aos polícias que desde domingo passado os adultos mantinham ele e outras três crianças trancados em um quarto. Diziam que tinham que rezar porque o mundo ia acabar, versão confirmada pela avó da vítima e dona da casa onde tudo aconteceu.

As autoridades apresentaram a agressora para os meios de comunicação, mas não permitiram que os repórteres fizessem perguntas à acusada, com o argumento de "não afetar o caso". Contam que durante o interrogatório a mulher não mostrou nenhum remorso.

O pai do garoto não participou nos fatos, mas foi intimado a declarar ante o Ministério Público. O problema é que o homem está em estado catatônico desde que soube o que aconteceu com o filho.

O chefe de polícia disse que as sete pessoas, cinco das quais pertencem à mesma família estavam orando a quatro dias porque acreditavam que na manhã da quinta-feira passada o mundo acabaria logo após a aparição de Deus. Todos foram presos e Maria do Carmen e Lizbeth serão acusadas de tentativa de homicídio, privação ilegal da liberdade e lesões corporais graves.

Fonte: Jornada

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