quarta-feira, 16 de maio de 2012

Conheça a história do Movimento Pentecostal em Pernambuco.


Glória a Deus, o Pai Eterno,
Cujo trono é os céus;
O universo Lhe pertence.
Glória, sim, ao nosso Deus.

Eu te louvo! Eu te louvo!
Oh! Jesus, meu Salvador!
Dai-lhe glórias, ó remidos!
Pois Seu sangue limpa o pecador.

Esses são os primeiros versos de um dos belos hinos da nossa Harpa Cristã, o hino de número 10, traduzido pelo precursor da Obra Missionária Pentecostal aqui em Pernambuco. Estamos falando do servo de Deus, o irmão Adriano Nobre,cooperador do missionário Gunnar Vingren, que foi enviado pelo mesmo, para Recife-PE, no ano de 1916, para anunciar a mensagem da cruz, o evangelho pleno que transforma o homem pecador em uma nova criatura e que em sua mensagem trazia a nova doutrina do batismo com o Espírito Santo, dons espirituais e uma nova forma de oração proferida em grupo. Era o início do Movimento Pentecostal.

Os cultos eram realizados em casas de pessoas interessadas na nova doutrina do pregador que também realizava visitas às famílias que lhe davam atenção, tendo em uma destas visitas conhecido um casal de irmãos membros de uma outra Igreja evangélica, o irmão João Ribeiro e a sua esposa irmã Filipa Ribeiro, tendo os mesmos cedido a sua residência para a realização dos cultos. Essa casa ficava situada na Rua Velha, número 27 no bairro da Boa Vista, sendo considera a primeira casa de culto do Movimento Pentecostal em Pernambuco. É ele quem batiza os dois primeiros novos convertidos no Rio Capibaribe, tendo um desses, a irmã Luli Ramos, recebido o batismo no Espírito Santo, tornando-se a primeira a ter a promessa do derramamento do poder de Deus aqui no Estado.

Quem foi o Irmão Adriano Nobre

Foi membro da Igreja Presbiteriana de Belém – PA trabalhou nos seringais, comandou navios em uma companhia de navegação que fazia o transporte de passageiros pelos rios da amazônia, muito comum na Região Norte do país. Falava fluentemente a língua inglesa o que foi fundamental para ensinar aos missionários recém-chegados a língua portuguesa.
Sendo crente presbiteriano, creu na atualidade do Batismo com o Espírito Santo com a evidência no falar em línguas estranhas através da mensagem do missionário a quem dava assistência e então filia-se à Missão passando a  exercer várias atividades. Pode-se afirmar que foi o nobre pastor que “espiou a terra” e viu que era boa! Glórias a Deus que é poderoso para cumprir com a Sua Palavra!

Após a passagem do irmão Adriano Nobre  na Capital Pernambucana, chega em 20 de outubro de 1918, procedente de Belém-PA, onde estava aprendendo a língua portuguesa, o Missionário Joel Franz Adolf Carlson.


SUA CHAMADA PARA O CAMPO MISSIONÁRIO

Joel Carlson era membro da Igreja Batista na Suécia e servia nas forças armadas do seu país. Em uma operação militar, o mesmo sofreu um acidente, sendo levado para um hospital especializado em atendimento de urgências e após todos os procedimentos, ficou sendo assistido por uma enfermeira muito dedicada. Essa enfermeira chamava-se Signe Hedlund, e tal qual era a sua atenção e dedicação, que o irmão Joel despertou um sentimento afetivo por ela, sendo, portanto correspondido, chegando ao enlace matrimonial em 1917.

Naquele período, a Igreja em Estocolmo, a mesma que enviara Daniel Berg e Gunnar Vingren, estava sob um mover do Espírito Santo, onde Lewi Pethrus, pastor daquela Igreja, nutria um grande amor pela obra missionária. Signe frequentava a Igreja Filadélfia onde Joel frequentou por pouco tempo e mesmo sendo recém-casados foram consagrados e enviados para o Brasil chegando aqui em janeiro de 1918 depois de passarem pelos Estados Unidos, sendo enviados para Pernambuco, pelo missionário Gunnar Vingren, nove meses depois.

Aqui chegando, foram residir próximo ao mangue, em um barracão sem nenhuma estrutura, no bairro dos Coelhos às margens do Rio Capibaribe, onde ficaram até o ano de 1919, de onde se mudaram para o número 812 da Rua Imperial no bairro de São José.
O Casal teve quatro filhos: Borje Joel Carlson – que faleceu aos três meses de idade, Ruth Signe Carlson, Hagnar Carlson e Elsa Carlson que cresceram e ajudaram seus pais na implantação oficial da Igreja em Pernambuco.



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