Abuso sexual infantil ou pedofilia são males terríveis que estão presentes em nossas casas e Igrejas. O problema afeta toda a família e deve ser discutido abertamente em casa e também na Igreja. Da mesma forma, a criança deve aprender a reconhecer mudanças nas atitudes de um amigo mais velho.
Uma vez que os pais ensinam aos filhos – e isso já pode ser discutido a partir dos 3 anos – a diferença entre um “bom toque” e “um mau toque”, as crianças começam a ter noção do certo e do errado (Tania Menai, especialista).
Todos os pais, professores e líderes devem saber a importância de ensinar às crianças e repetir sempre que: “seu corpinho pertence apenas à você; ele não deve ser dividido com outros”. E mais: “se alguém vir ou tocar as suas partes íntimas, me diga imediatamente”. Desta forma, cria-se um clima de confiança e segurança para poder ensinar às crianças algo tão simples, mas às vezes tão difícil de ser compreendido pelos pequeninos.
A conversa com crianças deve ser clara, objetiva e o tom de voz acolhedor e sincero, assim, as crianças terão total compreensão. Quanto mais a criança conhecer o seu corpo, maiores as chances de ela reconhecer uma situação suspeita.
Ensine seu filhos a não aceitar presentes de estranhos sem falar com você antes, mesmo dentro da Igreja. Infelizmente muitas pessoas mal intencionadas também freqüentam igrejas, e podem estar lá apenas para aplicar golpes. Devemos ensinar nossos pequeninos a se protegerem e confiarem em seus pais e saberem distinguir um adulto e ou adolescente “bem intencionado” do “mal intencionado”.
Ensine seu filhos a não aceitarem e contar imediatamente se um amigo mais velho, seja ele quem for, lhe mostrar fotos ou vídeos de pessoas nuas. O abusador gosta de mexer com a curiosidade da criança, mostrando fotos de pessoas nuas, com isso pode convencer as crianças até pousar para ele.
Os pais devem tomar cuidado com termos muito agressivos, de linguagem muito explícita, para não confundir. Não se deve falar mais do que a criança pode e consegue suportar, pois ela ainda não compreende a conotação sexual, que ainda não faz parte de sua vida. Por isso, a linguagem deve ser simples.
A única arma que a criança terá contra um pedófilo é o conhecimento de si mesma, da importância de seu corpo e de sua intimidade. Pais devem promover a auto–estima da criança. Desde a 1ª infância, devem responder todas as perguntas da criança, sempre falando a verdade. Crianças autoconfiantes são menos vulneráveis à pedofilia e sabendo que seus pais estão alertas, elas sentem menos medo.
A curiosidade sobre seus corpos, sua intimidade é normal, nessa fase não devemos ignorar sua curiosidade. E se esta curiosidade for demais, procure observar a criança, saber de todos os seus passos, para ter a certeza que ela não está sendo vítima de pedofilia ou de abuso sexual infantil.
Ao deixar sua criança com um adulto, tenha certeza que é de confiança e fique atento à mudanças de comportamento de seus filhos, como por exemplo, timidez, curiosidade excessiva por questões sexuais, pesadelos, problemas de bexiga, etc. Ela pode estar sendo vítima de abusos.
Por Marisa Lobo que é psicóloga clínica,
escritora, pós-graduada em saúde mental, conferencista realiza palestras pelo Brasil sobre prevenção e enfrentamento ás drogas, e toda forma de bullying, transtornos psicológicos, sexualidade da familia, entre outros assuntos. Teóloga, ela é promoter e organizadora da ExpoCristo realizada no Paraná. Marisa é casada, tem dois filhos e congrega na IBB em Curitiba.
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