quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Filhos e limites

Filhos e limites

O exemplo é o maior testemunho que os pais podem dar

A missão de educar os filhos tornou-se um dos temas mais complexos da nossa atualidade e é uma das questões mais debatidas por pais, educadores e pela sociedade.

Na busca da receita certa, alguns pais pecam, e muito, quando se trata de impor limites aos filhos. Para a psicopedagoga Mara Musa Soares, essa falta de limites, muitas vezes, está nos pais, que são espelhos para os filhos. “O exemplo é o maior testemunho que os pais podem dar. Antes de brigar com os filhos, eles devem fazer uma auto-análise, ver se estão pondo em prática o que ensinam, se como adultos também têm limites. Em alguns casos, já constatamos que o problema não está nos filhos”, diz ela. 



Qualidade do tempo

Com pouco tempo para ficar com os filhos como passar-lhes noções de caráter, lealdade e companheirismo? Segundo Mara, não é a quantidade e sim a qualidade do tempo com os filhos e os ensinamentos que se passa pra eles que fazem a diferença. “Em toda e qualquer oportunidade de estarem juntos, os pais devem criar um ambiente de descontração e alegria, proporcionando um momento prazeroso, onde possam demonstrar, com palavras de afeto, o quanto é importante aquela ocasião.”

A psicopedagoga ainda salienta: “Falar sobre todo e qualquer tipo de assunto que possa interessar à criança, tirar dúvidas, conferir sua participação e aprendizagem em sala de aula, seu relacionamento com os professores e com os colegas de turma é fundamental. Os pais também devem dizer aos filhos que os amam e motivá-los a enfrentar as adversidades da vida. Falar e dar exemplos da importância dos valores morais, noções de ética e cidadania e desigualdade social. Cabe aos pais o papel de formar cidadãos decentes. O da escola é de educá-los intelectualmente.” 



Presentes

Não é sempre que o filho faz algo de bom que os pais devem dar presentes. “O elogio é uma terapia divina e vale muito mais do que presentes. Podemos elogiar por uma boa ação, mas também visando a superação de um problema. Motive-o a agir corretamente, expresse-se com calma e tranquilidade, escolhendo palavras sábias para edificar e não para derrubar”, afirma Mara, acrescentando que nem sempre dizer sim faz bem. “Os filhos tem que aprender a lidar com as frustrações e tristezas. Um ‘não’ que recebem pode ajudá-los a processar esses sentimentos, que também fazem parte da nossa vida.” 



Castigo

Outro grande dilema dos pais é como impor limites às vontades infantis sem passar por carrasco? “Falar sempre a verdade para criança, de modo que ela compreenda. Conscientizá-la com amor e brandura. No entanto, se ela não atender, imponha castigos, como privá-la de alguns momentos de diversão que ela aprecie, sempre tentando dialogar o motivo da punição”, explica a psicopedagoga.

Segundo ela, quando um bom diálogo não resolve, é até válido o uso da palmada, mas os pais devem escolher o momento certo, que nunca deverá ser de raiva. “A palmada deve ser aplicada no bumbum da criança, e os pais deverão explicar o motivo daquela ação. Depois, deve-se sugerir que o filho faça uma reflexão sobre o erro e dizer que estará aguardando para uma boa conversa, para saber se ficou entendido o motivo das palmadas. Esse momento também é válido para orientar sobre desculpas e arrependimentos, deixando bem entendido que deseja que o fato não se repita”, ressalta a psicopedagoga, orientando que o momento certo para começar a educar uma criança é, certamente, desde pequena.


Fonte: Arca Universal

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