A Igreja é uma agência do reino de Deus no mundo. Ela está no mundo, mas não é do mundo. Ela tem uma origem diferente, uma natureza diferente, uma missão diferente e um destino diferente. A Igreja não é uma instituição puramente humana; ela tem sua origem em Deus. A Igreja, como um lírio que cresce no lodo, é santa num mundo corrupto. A Igreja tem o ministério da reconciliação num mundo marcado pelo ódio. A Igreja está firmada em Cristo e caminha para a glória, enquanto o mundo jaz no maligno e marcha célere rumo à perdição. Três figuras neotestamentárias ilustram a influência da Igreja no mundo:
1. A Igreja é sal que inibe a corrupção (Mt 5.13). Jesus diz: “Vós sois o sal da terra”. O sal tem o poder de preservar da decomposição. É um elemento antisséptico que inibe o processo da corrupção. A Igreja é uma força preventiva no mundo. Sua presença no mundo freia e desacelera o processo galopante da maldade induzido pelo pecado. A Igreja presente no mundo é a manifestação mais eloquente da graça restringente de Deus. Se a Igreja não existisse, o mundo já teria se chafurdado de forma irremediável no pecado. Jesus, porém, alerta para o perigo do sal perder o seu poder de salgar. Sal que não salga só presta para ser pisado pelos homens. Sal no saleiro não protege da corrupção o mundo à sua volta. A Igreja não é sal da Igreja; ela é sal da terra. Ela não é sal no saleiro; ela é sal no mundo. Ela não é sal inútil e insípido; é sal que que coíbe o mal e dá sabor à vida.
2. A Igreja é luz que aponta a direção (Mt 5.14-16). A Igreja tem o poder interno de salgar e o poder externo de influenciar. A luz existe para se manifestar. É como uma cidade no alto de um monte; é impossível escondê-la. A luz é símbolo de pureza, conhecimento e verdade. A luz tem o poder de apontar a direção. O mundo está em trevas, pois o diabo cega o entendimento dos incrédulos. Os ímpios vivem no reino das trevas. Aqueles que vivem nas trevas nem sabem em que tropeçam. Eles estão caminhando para a morte, mas não sabem para onde estão indo. É nesse berço de cegueira que a Igreja deve se levantar como luz do mundo. A Igreja conhece o caminho e deve apontá-lo para aqueles que vivem errantes. A Igreja conhece a verdade e deve proclamá-la àqueles que vivem no engano. A Igreja conhece a vida e deve compartilhá-la com aqueles que jazem mortos em seus delitos e pecados. A Igreja é a luz do mundo, que anuncia aos pecadores Jesus, a verdadeira luz que vinda ao mundo, ilumina a todo o homem.
3. A Igreja é perfume que atrai a atenção (2Co 2.15,16). A Igreja é o perfume de Cristo e o perfume tem o poder de atrair. O perfume é sempre notado. Jamais passa despercebido. Assim é a Igreja. Ela é o bom perfume de Cristo, tanto nos que são salvos como nos que se perdem. Para aqueles que perecem, a Igreja é cheiro de morte para a morte; para aqueles que são salvos, aroma de vida para a vida. A Igreja nunca é neutra. A Palavra de Deus que sai da sua boca é uma espada de dois gumes, que anuncia salvação aos arrependidos e morte aos impenitentes. Ela tem voz profética no mundo. Ela denuncia o pecado desde o palácio até à choupana. Como embaixadora de Deus, chama os pecadores ao arrependimento com senso de urgência. Aqueles que ouvem o sonido da trombeta e buscam o refúgio da graça salvadora, celebrarão a festa da vida; e para esses, a Igreja é aroma de vida para a vida. Mas, aqueles que se mantêm rebeldes ao Filho de Deus e escarnecem do evangelho da salvação, chorarão o drama irremediável da condenação eterna; e para esses, a igreja é cheiro de morte para a morte.
Por Hernandes Dias LopesFonte The Christian Post
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