segunda-feira, 12 de março de 2012

Pastor no Haiti -“Temos fé.Um país pode estar em crise, mas Deus nunca está em crise”

Um pastor que chegou ao Haiti logo após o terremoto que devastou o país em 2010, está tentando com todas as suas forças no Senhor reerguer as igrejas evangélicas, como também fazer um trabalho junto a população que até hoje sente as causas do terremoto. Leia, ore pelo Haiti e comente…
A ajuda internacional nem sempre chega ao mais necessitado. A prostituição juvenil aumenta. Faltam água potável, alimentos e medicinas. Porém o pastor Edouard Webert não perde a fé.
“Estamos bem, a igreja está vivendo um momento especial espiritualmente. As pessoas se aproximam mais de Deus; alguns têm grande temor de Deus e o Espírito Santo se move muitas vezes. Glória a Deus!”, diz o pastor Edouard Webert que esta no Haiti, há dois anos.
Depois do terremoto de 12 de janeiro de 2010, este jovem pastor decidiu recorrer à ilha para levar ânimo aos crentes e ajudar materialmente no que podia, administrando com prudência até o último centavo de algumas ofertas que recebeu do exterior. “Para mim ser cristão é uma questão de vida ou de morte. Por esta razão quero fazer o melhor, segundo me afirma a Palavra de Deus”, expressou naquele momento em uma entrevista com Protestante Digital.
Em um primeiro momento, Webert visitou os pontos onde a destruição foi maior, inclusive lugares onde não havia igrejas evangélicas, como o caso de Gonave . Para viajar a esta cidade – ou o que restou dela – teve que passar quase três horas em um barco a velas e motor. Enquanto que, em cidades como Jacmel , Anse-à-Veau e Porto Principe os crentes do Centro Cristão Evangélico (CCE) que ele lidera , voltavam a se reunir. “As atividades espirituais têm mais gente que antes, ainda que os cultos agora estão sendo feitos em tendas ao ar livre”.
O terremoto deixou mais de 300.000 mortos segundo as autoridades do Estado (sem contar milhares de cadáveres que nunca puderam ser resgatados de debaixo dos escombros) e mais de 1.5 milhão de pessoas sem casas. “A ferida está portanto ainda muito aberta. Debaixo dos escombros cada um de nós deixou a uma mãe, um pai, um parente, um companheiro da alma…”, reconhece Webert.
Apesar de alguns esforços, hoje como em janeiro de 2010, quem chega a Haiti têm a impressão de que o terremoto foi ontem . “É uma decepção já que alguns disseram que depois deste abalo nada voltaria a ser igual na vida, e nem na mente dos haitianos. Esta longe do povo haitiano a idéia de que ‘os grandes desastres fazem grandes nações’. Existe um abandono grande destas pessoas que vivem em situação de extrema necessidade,vivendo debaixo de barracas esperando o processo de reconstrução”, expressa Webert.
O pastor Weber relata que tem enfrentado muitas situações horríveis com o aumento desordenado da prostituição, ao ponto de pais veremas filha se prostituirem as suas vistas, crianças sendo assediadas ao saírem das escolas por jovens, uma degradação total das leis do país, onde nada é respeitado devido ao pouco tempo que o novo governo assumiu e ainda não teve tempo de restabelecer a ordem no país. Portanto é uma situação muito triste que o Haiti e povo esta vivendo neste momento.
Diante da situação geral do país, a Igreja enfrenta um grande desafio. “Não há dúvida, a Igreja Evangélica não têm que cruzar os braços. Ela deve atuar para mudar a sociedade e, sobre tudo, para mudar a mentalidade dos haitianos. Sempre disse e sustento ainda no dia de hoje: Haití, como todos os países do mundo está necessitada do Evangelho porque o pecado só traz ruína e miséria, mas a graça de Deus enriquece e não acrescenta tristeza”, disse com convicção o pastor Webert.
O Pastor Edouard Webert não se atreve a dizer que as ajudas internacionais não chegam aos mais necessitados , mas reconhece que “o clientelismo, a corrupção ao interior das ONGS e o abuso do poder são causas que impedem que os mais necessitados recebam as ajudas em sua totalidade”.
As vezes tem que lutar muito para receber algo e depois, passados alguns dias ou meses, essas coisas que eram para os necessitados se vendem nas ruas. “Se diz que o terremoto de 12 de janeiro de 2010 fez novos ricos no Haiti”, expressa com tristeza.
Seu ministério não recebeu nada das ajudas humanitárias internacionais. Só pode contar com algumas ofertas particulares chegadas imediatamente depois do terremoto , na qual possibilitou a provisão de alimentos para os fiéis que havíam perdido tudo. “Temos fé. Um país pode estar em crises mas Deus nunca está em crises. Tudo o que fazemos, fazemos com a providência de Deus”,afirma o Pastor Edouard Webert(foto).
Nestes dois anos, Webert não parou de trabalhar, reconstruir templo e inclusive iniciar projetos novos . “De fato, depois do terremoto realizamos e seguimos realizando: reparação e construção de templos, distribuição de comida a nossa comunidade de fé -as vezes também a alguns habitantes do lugar-, formação de líderes, confraternização de mulheres, correntes de oração, campanha de evangelização nas zonas periféricas, escola básica para crianças órfãs e desfavorecidas, diversos trabalhos comunitários… Também iniciamos em outubro passado os ‘Sábados de crianças’ a fim de formar cristãos-cidadãos”, conclui Edouard Webert  (webertedo@yahoo.fr ).
post inforgospel.com.br – com informação Protestante Digital  

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