ORAR

A oração é tão crucial para o novo crente como a respiração o é para orecém- nascido. Assim, depois de invocar o Senhor para ser salvo,devemos continuar invocando e orando. Desse modo inalamos o "ar espiritual", isto é, inspiramos o Espírito da vida, para crescer e nos fortalecer na vida cristã.

I. O SIGNIFICADO DA ORAÇÃO

O verdadeiro significado da oração é contatar Deus no espírito. Ou seja, ela é o meio pelo qual o espírito humano contata o Espírito de Deus, inalando o próprio Deus para dentro de si. Portanto, a ênfase da oração não está em pedir coisas a Deus, mas em contatar e absorver Deus.

II. O ÓRGÃO DA ORACÃO

Cada órgão do corpo tem uma função. Precisamos dos olhos para ver, dos ouvidos para ouvir e, do mesmo modo, necessitamos do espírito para orar.

1.DEUS é espírito;e importa que seus adoradores o adorem em espírito e em verdade."(João 4:24).

2.Orando em todo tempo em espírito" (Efésios 6: 18).

Os dois versículos acimadizem-nos que Deus é Espírito e para adorá-lo e orar a Ele devemos usar nosso espírito. Orar no espírito é usar a parte mais interior do nosso ser para contatar Deus. Assim, devemos orar não somente de acordo com nossos pensamentos, mas segundo o sentimento interior do espírito. O órgão da oração não é a mente, mas o espírito.

III.OS MEIOS DA ORAÇÃO

1. Tendo, pois,irmãos, intrepidez para entrar no Santo dos Santos,pelo sangue de Jesus"(Hebreus 10:19).

Entrar no Santo dos Santos é achegar-se a Deus a fim de contatá-Lo e orar a Ele. Isso se dá mediante o sangue redentor derramado pelo Senhor Jesus na cruz, o qual lava todos os pecados que impedem nossa comunhão com Deus.

2. "A fim de que tudo quanto pedirdes ao Pai em meu nome, ele vo-lo conceda" (João 15:16). Esse versículo diz que devemos orar ao Pai no nome do Senhor Jesus.

Estar em o nome do Senhor Jesus é estar no próprio Senhor. Quando oramos, precisamos orar não somente tomando como base o sangue do Senhor, mas também por meio do Seu nome, ou seja, pelo próprio Senhor.

Não podemos nos chegar diante de Deus para orar dependendo da nossa conduta. Ainda que nossa conduta seja boa, é como trapo de imundícia aos olhos de Deus (Isaías 64:6). Tampouco podemos depender de nós mesmos, porque também somos imundos e inaceitáveis a Deus. Portanto, quando nos achegamos a Deus para orar, devemos depender do sangue do Senhor para lavar nossa conduta de toda a imundícia. Devemos depender também do próprio Senhor para substituir nosso ser imundo, como se o próprio Senhor viesse orar a Deus. Somente tais orações são aceitáveis a Deus.

IV. ORAR DE ACORDO COM O ESPÍRITO

A oração não é de acordo com o que pensamos, mas segundo o que sentimos no espírito. Oramos com a boca tudo quanto sentimos no espírito.

Quando chegarmos diante de Deus para orar, não falemos algo preparado de antemão, antes, expressemos o que sentimos no espírito naquele momento. Confessemos os pecados se sentirmos que devemos confessar, e louvemos ao Senhor se sentirmos em nosso espírito que devemos louvar.

Façamos o que o sentimento do espírito levar-nos afazer.

V. ORAR SEM IMPEDIMENTO

Orar sem impedimento requer boa consciência, isto é, não sermos condenados por ela. Uma vez que haja ofensa ou condenação na consciência, as nossas orações serão imediatamente impedidas, até mesmo interrompidas. "Aproximemo-nos(...) em plena certeza de fé, tendo o coracão purificado de má consciência" (Hebreus 10:22).

Visto que pecamos, precisamos ser purificados de má consciência pelo sangue de Jesus a fim de aproximar-nos de Deus e orar a Ele. Assim, toda vez que orarmos, devemos pedir Seu sangue purificador, de modo que nossa consciência fique sem ofensa. Assim, então, achegamo-nos a Deus ousadamente para orar no espírito.

VI. O QUE TRATAR NA ORAÇÃO

A oração é também para confissão dos pecados. Quando nos achegamos a Deus para orar, aproximando-nos com sincero coração e espírito aberto, Deus, que é luz, brilhará em nosso interior para expor nosso verdadeiro ser e condição. Nesse momento, devemos confessar nossos pecados.

Depois de confessar o primeiro pecado podemos ver outro e mais outro ainda. Devemos confessá-Ias todos de acordo com o sentimento do espírito. Se ignorarmos o sentimento de condenação, a nossa oração certamente não tocará Deus. Ser-nos-à difícil orar, porque a barreira do pecado ainda está ali entre nós e Deus. Portanto, devemos confessar nossos pecados e tratar com cada um deles, um por um. Depois, oraremos de acordo com o sentimento do espírito. Então, certamente tocaremos Deus e O assimilaremos.

VII. OS BENEFÍCIOS DA ORAÇÃO

1. Vigiai e orai,para que não entreis em tentação" (Mateus 26:41).

A oração não somente nos capacita a absorver a Deus, mas além disso,a oração com vigilância guarda-nos de entrar em tentação, protege-nos de sermos tentados e seduzidos pelo diabo a nos desviar do Senhor.

2.Acheguemos-nos (...) junto ao trono da graça,a fim de recebermos misericórdia e acharmos graça  para socorro em ocasião oportuna" (Hebreus 4:16). 

O maior benefício de orar diante de Deus e contatá-Lo é receber misericórdia

e achar graça para socorro em ocasião oportuna, a fim de satisfazer

todas as nossas necessidades,

3."Não andem ansiosos por coisa alguma, mas em tudo, pela oração e súplicas, e com ação de graças, apresentem seus pedidos a Deus.

E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os seus corações e as suas mentes em Cristo Jesus. Filipenses 4:6-7". (Filipenses 4:6-7).

Outro benefício que recebemos quando nos achegamos diante de Deus para orar e suplicar é a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardando nosso coração e mente de todas as ansiedades. Que bênção é ter uma vida humana livre de ansiedades!

Além disso, de acordo com a Bíblia, os benefícios que ganhamos na oraçào não podem ser plenamente descritos. Que nós, os que pertencemos ao Senhor, nunca negligenciemos a oração, mas que oremos em todo o tempo (Efésios 6:18), até mesmo sem cessar (1 Tessalonicenses 5:17). Então, certamente

desfrutaremos o próprio Deus com todas as Suas riquezas e seremos abundantemente abençoados por Ele. Ele é "rico para com todos os que O invocam (Romanos 1O: 12).

Editora Árvore da Vida