“Porque a graça de Deus se há manifestado, trazendo salvação a todos os homens, ensinando-nos que, renunciando à impiedade e às concupiscências mundanas, vivamos neste presente século sóbria, e justa, e piamente,aguardando a bem-aventurada esperança e o aparecimento da glória do grande Deus e nosso Senhor Jesus Cristo; o qual se deu a si mesmo por nós para nos remir de toda a iniqüidade, e purificar para si um povo seu especial, zeloso de boas obras.”
Tito 2.11-14
Uma irmã em Cristo, que se casará no final do mês, enviou-me certa quantia em dinheiro para que eu comprasse os materiais que usarei para confeccionar seus convites de casamento. Era uma quantia razoável, visto que materiais para esse fim costumeiramente são bem caros. Ela confiou-me um valor e disse-me apenas o que fazer, dentro das características gerais da cerimônia. Os detalhes (cores, tamanho, tipos de papel e de letra, etc.) ficariam por minha conta. Ela confiou em meu bom gosto.
Diante da gastança que fiz nessa tarde com o dinheiro dos outros, só pude me reportar à graça de Deus, fazendo a mesma coisa conosco. Ele nos diz como devemos viver – a Bíblia é detalhista quanto a isso. E dá-nos Sua graça, para que possamos fazer isso. Como será feito, quando, com que intensidade, são detalhes que ficarão por nossa conta. Deus confia em nós!
Ele nos dá Seu nome e nos permite utilizá-Lo para expulsar demônios, para repreender enfermidades, para falar novas línguas (Marcos 16.17-18). Mas muitas pessoas usam o nome de Cristo para enriquecer seus saldos bancários, para determinar fatos sobre os quais o próprio Deus ainda não Se pronunciou, para tirar vantagem numa situação, para impor-se altivamente sobre alguém que considera menor, ou simplesmente para fazer graça numa roda de amigos, banalizando assim o santíssimo nome do Senhor Jesus Cristo.
O Senhor escancarou a porta da salvação para nós (João 3.16) e nos presenteou com dons (Romanos 12, I Coríntios 12 e Efésios 4) para a edificação da Igreja, para nosso crescimento e fortalecimento espiritual, e para a glorificação do Seu nome, de forma que possamos passar por essas portas com honra sem jamais nos perdermos pelo caminho. Mas muitas pessoas preferem usar esses dons para seu próprio enriquecimento material, para apresentar-se grandes e honrosas diante dos demais, para fartar os desejos da sua carne, para seguir com aparência de segurança e certeza pelos seus próprios caminhos tortuosos.
Deus nos deu o Espírito Santo e, com Ele, a possibilidade de produzirmos Seu fruto (Gálatas 5.22). Mas muita gente tem se acomodado no seu lugar de conforto e evitado provar a sua fé em obras, trazendo assim a glória de Deus ao mundo e, consequentemente, esperança aos homens (Colossenses 1.27). Enquanto isso, o Espírito Santo tem sido apenas como um serviçal que deveria atender aos desejos daqueles filhos empacados de Deus, que querem o Reino mas não querem fazer nenhuma força para entrarem por Suas portas.
E o Eterno nos deu Sua liberdade para vivermos nossas vidas de maneira santa, distantes do pecado. Mas muitos têm aproveitado essa liberdade para dar ocasião à libertinagem (Romanos 6.8-23; Gálatas 5; Efésios 2.1-10; Colossenses 3.1-17). E se abraçam com o pecado em nome de Deus.
Contudo, nós teremos de prestar conta dessas coisas ao Senhor, quando chegar o tempo certo (II Coríntios 5.10; Mateus 25.14-30). Ele requererá de nós o produto do nosso tempo, dos talentos, do Seu Nome em nossos lábios e ações, do Espírito Santo em nossas vidas, do fruto, da liberdade. A caríssima graça foi disposta para nós, e muitos de nós não sabem [ou não querem] utilizá-la. Haverá, porém, uma grande e extraordinária recompensa para quem fizer jus à confiança do Senhor.
Até depois de amanhã, eu devo mostrar o produto final do que fiz com o valor que a irmã em Cristo me confiou. Ela espera, no mínimo, cem lindos convites para sua festa de casamento, confeccionados dentro das características que ela me contou que seria sua festa.
Nós não sabemos quando o Senhor fará o juízo final e quando requererá de nós o resultado do que fizemos com Sua graça. Mas sabemos que pode ser a qualquer momento. Sabemos que mesmo que seja daqui a muitos séculos, pela morte podemos ter o nosso tempo aqui nesta vida encerrado e, consequentemente, encerrada também toda e qualquer possibilidade de retornarmos para terminar alguma coisa que tenha ficado por fazer (Hebreus 9.27; Eclesiastes 9.10; Gálatas 6.10; Isaías 55.6-7).
Portanto, vamos nos empenhar em fazer o nosso melhor. Vamos utilizar muito bem a graça que o Senhor nos dá a cada dia para demonstrarmos o quanto O amamos e o quanto queremos ser parecidos com Ele. Vamos fazer por onde Ele Se alegrar conosco quando nos encontrar outra vez e vir as obras que a nossa fé produziu.
Quando nós comparecermos às Bodas da Noiva e do Cordeiro de Deus, não queremos ser os convidados sem convite, barrados na porta. Tampouco queremos comparecer diante dEle de mãos vazias, sem nada a presenteá-Lo. Queremos ser os que dedicaram suas vidas para que, de alguma forma, aquela festa acontecesse. Queremos ser a própria Noiva, pronta para o Noivo!
Agora, dêem-me licença! Há outro casamento sendo preparado. Preciso trabalhar para que os convites fiquem prontos e sejam entregues a tempo.
Por Elaine Cândida Fonte experimente Jesus
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