O Relatório Mundial sobre a Exploração Sexual, desenvolvido pela Fondation Scelles francesa, apontou um fato alarmante: mais de 40 milhões de pessoas se prostituem hoje no mundo.
A pesquisa faz parte de um dossiê que será divulgado completamente em fevereiro, pelo jornal francês Le Figaro. O texto tem o objetivo de traçar um panorama do sexo comercial mundial e a sua ligação com o crime.
Segundo a publicação francesa, divulgada no Brasil pelo IG, o número de pessoas que se prostituem no mundo é entre 40 e 42 milhões, sendo 75% mulheres entre 13 e 25 anos. Destas, 9 em cada 10 são gerenciadas por cafetões.
A prostituição, de modo geral, atinge a população de países mais fracos financeiramente. Na Europa, a prostituição se restringe entre 1 e 2 milhões de pessoas, sendo que a maioria são imigrantes, vítimas do tráfico humano.
Um dos trechos mais marcantes é sobre a “glamurização” da prostituição, muitas vezes vista como uma maneira de uso livre do próprio corpo, o que ignora o lado perigoso desta “profissão”.
“Nas mãos de uma criminalidade perigosa, dominada por uma violência sem precedentes, violência física, sexual, psicológica, social ( …) a prostituição é um atentado à integridade do ser humano e uma escandalosa exploração de situações de vulnerabilidade”, descreve.
A pesquisa ainda alerta para o aumento destes números durante os grandes eventos esportivos que movimentam milhões de pessoas.
Sem informar dados precisos, o relatório aponta que na Copa do Mundo da Alemanha, em2006, ainstalação de “centros de sexo” perto de estádios, autorizada pelas autoridades, causou uma polêmica.
Os Jogos Olímpicos de Vancouver e a Copa do Mundo de Futebol na Áfricado Sul eCompetições de Fórmula 1, também intensificaram a exploração sexual naqueles países.
Mas entre os eventos esportivos internacionais, o futebol e os jogos olímpicos são os grandes palcos planetários da exploração sexual.
No Brasil
Autoridades brasileiras já estão se preparando para evitar este problema nas Olimpíadas de 2014 e na Copa do Mundo de 2016.
A Secretária Nacional dos Direitos Humanos, Maria do Rosário, anunciou em entrevista recente na Rádio Senado que quer acabar com a exploração sexual infantil até as competições.
“Nós não descansaremos porque queremos realizar os grandes eventos que o Brasil sediará em 2014 e 2016 como um país livre da exploração sexual comercial de crianças e adolescentes. Nós não queremos que esta marca seja a marca do Brasil”, afirma a ministra.
Segundo ela, este será um dos principais focos do Plano “Brasil sem Miséria”, lançado pelo governo federal em junho.
Além disso, o governo instituiu o Programa Turismo Sustentável e Infância, junto com o projeto Turismo e Prevenção à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, que já capacitou 480 profissionais ligados à cadeia turística em todo o país para saber a melhor maneira de lidar e evitar este problema.
Fonte: Christian Post
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