Um relatório interno da Igreja Anglicana concluiu que, se não atrair jovens, a denominação acabará nos próximos 20 anos, com a morte dos atuais féis, cuja idade média é de 61 anos.
Nos últimos 40 anos, o número de adultos devotos caiu pela metade e o de crianças mais ainda.
Andreas Whittam Smith, um dos líderes da igreja, disse que os anglicanos vão ter de desarmar essa bomba-relógio demográfica com urgência.
Em recente encontro nacional de líderes anglicanos, ele disse que o declínio no número de fiéis vinha ocorrendo nos últimos anos de maneira tão lenta, que passou despercebido. “Nós não estávamos conseguindo enxergá-lo com bastante clareza.”
Ele comparou a igreja com uma grande empresa que se mantém administrando o seu fracasso sem superá-lo, e um dia ela deixa de funcionar. Smith administra um fundo cujo objetivo é recuperar a vitalidade da igreja.
O reverendo Paul Butler disse que a perda de fiéis não deve ser analisada de um ponto de vista capitalista, de lucros e perdas. A abordagem, segundo ele, deve ser sempre cristã, porque somente a partir dela a Igreja Anglicana conseguirá se perpetuar.
Como exemplo, Butler disse que as escolas anglicanas não devem incentivar as crianças a poupar para comprar bicicletas ou brinquedos, mas, sim, para as doações à caridade e o pagamento do dízimo.
A Igreja Anglicana (ou Igreja da Inglaterra ou ainda Igreja Episcopal) foi instituída em 1534 por Henrique VIII, rei da Inglaterra e senhor da Irlanda, em retaliação ao papa Clemente VII, que anulou seu casamento com Catarina de Aragão. Hoje, existem várias igrejas anglicanas independentes das diretrizes ditadas pela matriz inglesa.
Fonte: Paulopes
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