Dois policiais militares do Rio de Janeiro foram denunciados pelo Ministério Público do estado fluminense pelo assassinato do pastor evangélico Sinval Barbosa Alves.
O religioso foi morto em dezembro de 2007, durante patrulhamento na favela Furquim Mendes, no Jardim América (zona norte do Rio).
Segundo a denúncia encaminhada pelo promotor do caso ao 1º Tribunal do Júri do Rio, o capitão Flávio Alves Cardoso e o cabo Marcelo Sales de Oliveira dispararam na direção de moradores da favela e acabaram atingindo o pastor, que estava próximo a um templo evangélico.
Segundo o MP-RJ, a investigação da 38º DP (Brás de Pina) desmentiu a versão apresentada pelos PMs de que teria ocorrido um confronto armado.
Ainda de acordo com o Ministério Público, os policiais levaram o corpo da vítima para o hospital estadual Getulio Vargas sob o falso pretexto de prestar socorro. "Era uma forma de impedir a realização de perícia no local do crime", diz o promotor Alexandre Themístocles.
Na denúncia, o promotor ressalta ainda que capitão Cardoso já foi denunciado duas vezes por homicídio e que o cabo Oliveira outras cinco vezes pela prática de crimes dolosos contra a vida.
Para proteger parentes da vítima e testemunhas, o Ministério Público solicitou à Justiça a decretação de medida cautelar que proíbe os PMs de frequentarem a circunscrição do batalhão e de manterem qualquer tipo de contato com moradores da comunidade de Furquim Mendes.
O MP-RJ solicitou também a suspensão do exercício da função policial para os dois PMs, além da cassação dos portes de arma de fogo.
Fonte: Folha.com
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