Passar a adolescência e a mocidade sem ter relações sexuais faz com que os evangélicos fiquem traumatizados, perturbados metal e espiritualmente, reprimidos e recalcados?
Respondendo a este raciocínio o Rev. Augustus Nicodemus debate em seu blog sobre como o sexo é visto como um fator dominante naetiologia das neuroses.
Segundo ele, este tipo de raciocínio tem sua origem nas idéias de Sigmund Freud, em que o desejo sexual era a motivação quase que exclusiva para o comportamento das pessoas. Freud, diz Nicodemus, falava que o ser humano viveria sua existência na tensão entre dois princípios: o princípio do prazer e o princípio da realidade.
O princípio do prazer era para Freud, princípio instintivo, ligado à preservação da vida e da espécie, e sempre conectado ao apetite sexual.
O modelo de Freud popularizou a idéia de que a repressão sexual é a causa de todas as neuroses e distúrbios, diz ele, e é repetida por muitos que não exploraram o assunto a fundo. Nicodemus considera, portanto, que o argumento dos evangélicos sobre repressão sexual, uma desculpa para se justificar diante de Deus.
“Considero esse argumento apenas como mais uma desculpa dos que procuram se justificar diante de Deus, da igreja e de si mesmos pelo fato de terem relações sexuais antes e fora do casamento”, responde ele.
O pastor da Igreja Presbiteriana de Santo Amaro, explica que esse argumento parte do princípio de que os evangélicos conservadores são contra o sexo e que essa é uma falsa visão cristã conservadora do assunto.
“Nós não somos contra o sexo em si. Somos contra o sexo fora do casamento, pois entendemos que as relações sexuais devem ser desfrutadas somente por pessoas legitimamente casadas”, explicou.
Deus não criou o sexo somente para a procriação, afirma Augustus Nicodemus, mas como meio de comunhão, comunicação e prazer entre marido e mulher.
“Seja bendito o teu manancial, e alegra-te com a mulher da tua mocidade, corça de amores e gazela graciosa. Saciem-te os seus seios em todo o tempo; e embriaga-te sempre com as suas carícias (Pv 5.18-19)”, cita ele o versículo da Bíblia.
“Sim, o sexo é uma bênção, desde que usado dentro dos limites colocados pelo Criador”, acrescenta.
Em uma “Carta a Um Jovem Evangélico que Faz Sexo com a Namorada”, o Chanceler da Faculdade Presbiteriana Mackenzie, afirma que a Bíblia ensina claramente a abstinência, a pureza sexual e a virgindade para os que não são casados.
Nicodemus desafia ainda que se comprove a relação direta de causa e efeito entre a abstinência antes do casamento e distúrbios mentais, neuroses e coisas afins. Segundo ele, nenhuma pesquisa vai mostrar que os jovens que praticam sexo livre antes do casamento são equilibrados, sensatos, sábios e inteligentes.
“Pode ser que até se prove o contrário. Os tarados, estupradores e maníacos sexuais não serão encontrados no grupo dos virgens e abstinentes”.
Nicodemus fala sobre os libertinos, que tendem a considerar todo distúrbio que encontram como resultado de repressão dos desejos sexuais. Entretanto, ele defende que eles não fazem isso porque têm estatísticas, experiências que provam tal teoria, mas porque Freud explica.
Finalmente, o famoso teólogo urge que o cristão verdadeiro enfrente os conflitos para viver uma vida reta e santa diante de Deus, “mortificando o pecado e se revestindo diariamente de Cristo”.
“Essa luta contra a nossa natureza carnal não provoca traumas, neuroses, recalques e distúrbios. Ao contrário, nos ensina paciência, perseverança, a amar a pureza, a apreciar as virtudes e o que significa tomar diariamente a cruz, como Jesus nos mandou”.
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