Charles Pulis, reconhecido como culpado em nove casos de abusos sexuais e condenado a seis anos de prisão, foi obrigado a abandonar o sacerdócio por ordem do Vaticano.
Continua a pertencer à ordem dos missionários de S. Paulo, indicou esta última.
O Vaticano não tomou ainda qualquer decisão sobre o outro padre, Godwin Scerri, condenado a cinco anos de prisão por ter abusado de um número indeterminado de crianças, disse a Igreja.
A Igreja de Malta apresentou desculpas e manifestou "profunda tristeza" pelos abusos cometidos por estes padres. Lamentou a demora na conclusão do inquérito e anunciou para breve um encontro do arcebispo de La Valetta, Paul Cremona, com as vítimas para lhes pedir "pessoalmente perdão".
As autoridades eclesiásticas maltesas pediram à população para transmitir de imediato qualquer informação sobre eventuais abusos cometidos contra crianças. Explicou ter reforçado as suas estruturas para evitar tais abusos e reagir rapidamente nestes casos.
Os dois padres anunciaram através dos advogados a intenção de apresentar recurso.
O caso começou em 2003 quando as 11 vítimas decidiram tornar públicos os abusos sofridos quando tinham entre 13 e 16 anos no orfanato S. José de Santa Venera, perto de La Valetta.
Um terceiro padre, Joe Bonett, foi também implicado mas morreu em Janeiro com 63 anos.
A Igreja de Malta afirmou em Outubro que as queixas das vítimas de padres pedófilos do orfanato de S. José eram fundamentadas e iam ser transmitidas ao Vaticano.
Oito vítimas encontraram-se com Bento XVI durante a visita papal a Malta em Abril de 2010.
Fonte: Jornal de Notícias - Portugal
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