terça-feira, 14 de agosto de 2012

Mordomo que divulgou documentos da Igreja no caso ‘Vatileaks’ será julgado pelo Vaticano


O  julgamento do mordomo do Papa foi anunciado pelo Vaticano. O acusado disse aos investigadores que pegou os documento por ter visto  “o mal e a corrupção em todo lugar da Igreja” e queria ajudar o Papa por não estar informado dos acontecimentos. - Confira e comente…

Nesta segunda-feira (13) o Vaticano abrirá um julgamento por vazamento de documentos reservados do papa Bento XVI contra o mordomo do pontífice, Paolo Gabriele, e seu cúmplice, o técnico em informática Claudio Sciarpelletti, cujo nome é mencionado pela primeira vez no escândalo.
O mordomo e o técnico, que é funcionário da Secretaria de Estado da Santa Sé, governo central do Vaticano, serão julgados por “roubo agravado” e “cumplicidade” neste caso conhecido como o escândalo “Vatileaks”, informou o juiz de instrução, Piero Bonnet.
Casado e pai de dois filhos, Paolo Gabriele era um dos poucos laicos com acesso aos apartamentos do Papa. Ele chegou a ser preso, mas saiu da prisão no dia 21 de julho e se encontra desde então em prisão domiciliar.
Segundo a denúncia judicial de 35 páginas, Gabriele contou aos investigadores que se apropriou dos documentos por ter visto “o mal e a corrupção em todo lugar da Igreja”. Acrescentou que quis cortar o mal pela raiz, “porque o papa não estava suficientemente informado”.
Num trecho alusivo à saúde mental do acusado, Gabriele declarou aos investigadores que, depois que começou a copiar e divulgar os documentos, chegou “a um ponto sem volta, e não conseguia mais me controlar”.
“Eu tinha certeza de que um choque, talvez usando a mídia, poderia ser uma coisa saudável para recolocar a Igreja nos trilhos.”
A denúncia também revelou que um cheque de 100 mil euros dado ao papa, uma pepita de ouro e um livro do século 16 foram achados na casa de Gabriele. O mordomo disse que pretendia devolver os objetos.
Outros 37 documentos reservados foram encontrados no apartamento privado de Gabriele em Castelgandolfo, a residência de férias do Papa nos arredores de Roma.
A denúncia assegura que o mordomo do Papa, chamado de Paoletto, um dos poucos laicos com acesso aos apartamentos do Papa, de quem era sua sombra, foi submetido a um exame psiquiátrico, que descartou problemas de índole psicológica.
Os documentos vazados neste ano apontavam caos de corrupção em negócios do Vaticano com empresas italianas, incluindo serviços superfaturados, e detalhavam rivalidades entre cardeais e conflitos a respeito da administração do banco do Vaticano.
Veja vídeo/matéria da euronews e comente…
post inforgospel.com.br - com informação G1/Mundo - via verdadegospel – 13/08/12

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