Quanto mais fama, menos unção?

Navegando pela net, descobri esse texto interessante e resolvi, dividir com meus leitores...

O congresso Gideões Missionários da Ultima Hora (GMUH) acontece todo ano entre o mês de abril e maio, em Camboriú-SC. Considerado um dos maiores congressos do mundo o evento é um dos mais esperados pelos evangélicos, em especial os pentecostais.

Os anos se passaram e o congresso foi conquistando mais prestígio e fama. Hoje o congresso é transmitido ao vivo para todo o mundo pela internet, tem influência nas redes sociais e se tornou ponto de referência para lançar pregadores pop star's e o local ideal para que os cantores lancem e divulguem seus trabalhos.

Não tenho nada contra o evento e acredito que é preciso fazer missões e esse 'sucesso' todo é bem vindo pois arrecada mais dinheiro que é convertido em incentivos à missão e, consequentimente, mais almas são conquistadas para o reino de Deus.

O problema que vejo quanto ao congresso é a 'falta de respeito' com algumas pessoas e até mesmo a falta de noção e unção por parte de alguns 'homens de Deus'.

Quer saber do que estou falando, acompanhe esse vídeo de 2002;

Nele vemos uma cantora cheio do espírito santo adorando a Deus com toda igreja e com todo corpo de membros no altar. 100% unção e autoridade.

Na festa de Jubileu do congresso, em 2007, vemos Lauriete arrebentando tudo com o mega sucesso 'Dias de Elias', confira:

A Unção ainda é preservada e vemos o povo sentindo e se alegrando na presença de Deus.

Em 2009 já vimos uma primeira mudança no Congresso, passaram a dar mais ênfase nos cantores que faziam mais sucesso e o altar de adoração passou a ser 'contemplado' por muito 'famosos' como Damares:

A cantora cantou seu maior sucesso e mesmo assim muitos irmãos que estavam no altar já não se alegravam e nem glorificavam mais, muitos estavam ali como espectador da apresentação da cantora, sem falar que as fotos e vídeos entraram com força para registrar cada momento dos 'ídolos gospel'.

Em 2011, vemos Ariely Bonatti entoando uma de suas melhores canções. 'Eu quero Alma':

Como pode a cantora cantar uma das poucas canções que realmente tem a ver com o tema do congresso e ninguem sentir a presença de Deus? No altar vemos Lauriete, outros cantores, pastores e outras pessoas não dando a mínima atenção para o que é cantado, a conversa rola solta atrás da cantora e parece mesmo que aquilo ali é um show e cada pessoa espera sua vez de se apresentar.

Desse ano separamos dois vídeos de Elaine de Jesus e de Jotta A:

No vídeo da Elaine vemos ela cantando um louvor que exalta a Deus sobre tudo, mas tem gente que nem se levanta para adorar e fica sentado atrás da cantora. Pra variar a converseira não para e aquela velha imagem dos obreiros sentindo a presença de Deus, como no vídeo de Cassiane em 2002 fica só na memória mesmo.

No vídeo de Jotta A a impressão que temos é que eles chamaram o menino que está no auge da fama para 'abrilhantar' o evento. Jotta, que nem conseguiu cantar o hino na altura original, não causou nenhuma 'emoção' nos irmãos presentes. Alguns obreiros ficaram lendo revista, outros com cara de sono e outros sem esboçar nenhuma reação. Cadê a unção?

ALÉM DISSO:

É preciso lembrar que os cantores 'pagam' para cantar no congresso. Na verdade eles 'ofertam' um valor e recebem a oportunidade de adorar. Em 2011 a MK Music desembolsou 40 mil reais para ver quatro cantores se 'apresentando' no evento.

Em 2012 houve um momento tenso onde as pessoas que estavam no altar foram avisados que só deveriam ficar sentados ali quem tivesse feito sua 'doação'. Dizem que a cantora Rayssa ficou chateada e teve que sair da cadeira pois não 'pagou' pela mesma.

Não podemos deixar de dizer que as dublagens dos cantores é outro fato que deixa o evento com cara de espetáculo. Por que tantos cantores vão lá e dublam em vez de cantar com o gogó mesmo??

Sobre as conversas paralelas é, no mínimo, uma imensa falta de respeito para com quem está cantando ou pregando. 

Francamente é uma felicidade ver o congresso crescer e contribuir para missões. O ruim é ver a unção perder espaço para um espetáculo de fama e glamour.

Fonte: Olhar Pentecostal