segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Quem são os Adultos-mirins?


Na sociedade hodierna (de hoje), os homens têm se aprofundado na desobediência aos conceitos divinos ensinados pela Palavra de Deus. Por se aproximar do pecado, dos deleites materiais e mundanos, sua alma tem demonstrado inquietude e questionamentos sem respostas. Para satisfazer o seu ego, promovem conceitos, regras e leis que procuram estabelecer a inversão dos valores. Como diz o Livro de Jó, “o homem tem agido como a palha diante do vento” (Jó 21.18).

Longe de Deus, o ser humano procura situações que transcendem( ultrapassam) limites, a busca de prazer que lhe leve ao êxtase, evita ser influenciado pelo real para viver o imaginário; busca criar e dominar um ser imaginário para torná-lo real, e chega ao ponto de procurar alterar os papéis do gênero humano.

O domínio da indústria visual tem procurado tirar proveito da desorganização do ser e levado muitas famílias à paralisação ao entorpecimento de suas mentes, afastando-as objetivamente dos caminhos do Senhor. O resultado é um paradigma ( padrão) de comportamento totalmente relativista, do qual nem mesmo as crianças escapam. Ao contrário, elas têm sido provavelmente as maiores vítimas. Diz Isaías: “Toda a cabeça está enferma e o coração fraco”, Is 1.5. É isso que vemos hoje nas famílias!

As principais vítimas

Sim, as crianças são as mais atingidas, pois são levadas ao amadurecimento sexual precoce e, por consequência, atropelando o seu relógio biológico natural, onde a psique (alma e espírito) não se integra ao processo equilibradamente.

Pesquisas cientificas afirmam que as meninas, por conta desse fenômeno, estão menstruando mais cedo e o índice de gravidez indesejada aumentou consideravelmente. Percebemos que a "adultização" precoce é um fenômeno que tem avançado, alcançando a sociedade como um todo - a sociedade que acredita no veloz desenvolvimento da cibernética, na evolução imediatista e avançada. Some-se a isso a tendência das pessoas de serem influenciadas pela “Sociedade do Espetáculo”, onde a ênfase está no belo, profano, colorido, exótico, saudável e jovem, tendo a criança como destaque.

Salientamos que o espírito do consumismo tem gradativamente influenciado as pessoas à concupiscência dos olhos (1João 2.16), entretanto as informações satisfatórias para a vida do cristão devem ser “filtradas”, pois somente o necessário poderá ser absorvido para seus conhecimentos (Jó 12.11; Romanos 12.3) . Os servos do Senhor não devem manchar suas vestes espirituais com o material contaminado pelo pecado. Tenhamos, pois, a satisfação em agradarmos ao Senhor e realizarmos a sua vontade.

Compreendemos que a ciência que procura divergir dos conceitos bíblicos é uma falsa ciência, uma ciência profana. “Porventura a Deus se ensinaria a ciência, a Ele, que julga os excelsos"? Jó 21.22.

Vale ressaltar que a ciência divina promove a criança, interessando-se pelo seu bem-estar e salvação. No entanto, a mídia faz exatamente o contrário. Expõe a sua imagem, que tem sido usada para fins de um mercado explorador, e isso acaba moldando a criança, forçando uma adultização. “A criança é como uma massa de modelar”, afirma pastor Antônio Gilberto.

Características do comportamento

A influência da mídia, e mesmo de alguns pais e colegas, tem originado o fenômeno da adultização precoce. Atualmente, observamos grande quantidade de crianças, entre 10 e 13 anos de idade, especialmente meninas, que, com consentimento dos pais, muitas vezes saem sozinhas ou em grupos de garotas da mesma faixa etária a passeios, shoppings, cinemas, lanchonetes, jogos, praias, eventos, programas de televisão, salões de beleza e nas “baladas” da vida trajadas como se já fossem mulheres, apresentando-se com roupas sensuais, maquiagem acentuada e salto alto. Em suas posturas, tentam simular o comportamento adulto.

Essas crianças agem com autonomia nas escolhas do que comprar, no pagar das contas e nos encontros. Ficam “livres” para namorar.

Muitas mães que tiveram uma educação rígida acabam sendo bastante convenientes, procurando se realizar e se afirmar nas atitudes das filhas. Por outro lado, apesar de inexperientes, as crianças são astutas e se apropriam das vantagens recebidas, passando a usar de certa autoridade sobre os pais, impondo-lhes seus direitos e determinadas situações de seu apreço. É perceptível, nesse tipo de relacionamento, filhos exigentes e pais complacentes. Mas a palavra de Deus diz: “A criança não pode ser entregue a si mesma”, Pv 29.15.

Essa facilidade para a menina assumir o comportamento de uma pequena mulher é perigosa e o resultado disso veremos nas gerações futuras. Só Deus pode penetrar a alma dessas meninas para restaurá-las.

Ainda há fato de que homens pervertidos estão sempre circulando as crianças, esperando uma oportunidade para assediá-las, procurando oferecer certas vantagens, amizades e passeios sedutores, introduzindo na maioria dos casos, a bebida alcoólica à sua realidade.

A quantidade de aproveitadores da inocência das crianças tem aumentado a cada dia, assustadoramente. Pedófilos e estupradores relacionam-se com crianças e os resultados são desastrosos.

Devemos levar em consideração que a influência da mídia televisiva tem atingido nossas crianças dentro de casa, só que, às vezes, de maneira imperceptível. A mente delas é bombardeada de informações, e não são poucos os casos de crianças perturbadas e perdidas nas suas emoções.

Alertamos os pais que sejam conscientizados dos perigos que rondam a mente dos filhos. Esperamos uma atitude séria, confiante em Deus, que propicie um comportamento natural e direcionado à obediência ao Senhor. “O que busca cedo o bem busca favor” Pv 11.27. O verdadeiro amor está associado à disciplina, evitando que a criança entre por caminhos diferentes da vontade de Deus. “O que retém a vara aborrece a seu filho; mas o que o ama, a seu tempo o castiga”, Pv 13.24.

Constatamos que o ensino da Palavra de Deus é primordial à educação cristã da criança: “Instrui a criança no caminho em que se deve andar, e até quando envelhecer não desviará dele”, Pv 22.5. A criança, na sua dependência aos pais, será exercitada para uma personalidade equilibrada, caracterizada por responsabilidade, empatia e individualidade.

A infância e suas necessidades

É na fase da infância que o caráter do indivíduo começa a ser formado, negativamente ou positivamente. Os papéis de infância são fundamentais, na forma que forem desenvolvidos, para a construção da personalidade adulta. Não se pode queimar etapas. “Deus tudo faz bem”, Mc 7.37b. Foi Deus quem idealizou a fase da infância, com suas características próprias, comportamentos e relacionamentos que lhe são peculiares. A criança deve ter prazer nas realizações dos papéis infantis: nos brinquedos, no lazer, nas estórias, no vestir etc. Disse Paulo: “Quando eu era criança, falava como criança, sentia como criança, discorria como criança”, 1Co 13.11. Que seja assim!

A criança precisa ser amada, ouvida, precisa de atenção e de compreensão. Participar de suas necessidades, desejos e ansiedades são fundamentais. Jesus nos ensinou a receber e entender as crianças: “E lançando mão de um menino, pô-lo no meio deles, e tomando-o nos seus braços, disse-lhes: Qualquer que receber um destes meninos, em meu nome a mim me recebe”, Mc 9.36-37.

Deus valoriza todas as fases da nossa vida, e com a infância não é diferente. Jesus chegou a dizer que há características que apontam o modelo para entrar no Reino dos Céus: “Em verdade vos digo que qualquer que não receber o reino de Deus como um menino, de maneira nenhuma entrará nele”, Mc 10.15.

A criança é meiga, perdoa, depende dos pais, ama e carece de amor (na sua essência verdadeira). Essa é a forma que Jesus Cristo quer que tenhamos.

Tentar violar a natureza da criança é desconsiderar a obra do criador. As crianças perdem a inocência porque entram no mundo dos adultos, participando das conversas impróprias e dos programas indevidos. As informações para elas não acontecem de forma esclarecedora. As mensagens vêm prontas e, na sua maioria, os infantes não sabem lidar com elas. Os fatos vão acontecendo e as crianças vão aceitando a realidade junto à fantasias.

O fenômeno da adultização precoce tem prejudicado seus sentimentos, formando confusão no seu desenvolvimento psicológico. Os questionamentos são diversos, quando, nesse período, o desenvolvimento de seus papéis infantis é invadido pelas necessidades de assumir papéis de adulto, comprometendo sua personalidade com sérias consequências psicológicas.

A criança é inocente, porém não é isenta da natureza adâmica. À medida que ela, na idade da razão, é sujeita a situações de proibições ou de elogios, vai aderindo a comportamentos certos ou errados, e isso vai depender da criança e do meio em que ela vive. Diz a Bíblia: “Até a criança se dá a conhecer pelas suas ações, se o que faz é puro e reto”, Pv 20.11. Ressaltamos que, com essa compreensão, os pais devem exercitar o amor e a correção. “A estultícia está ligada ao coração da criança, mas a vara da disciplina a afastará dela”, Pv 22.15.

Adultos-mirins

O fenômeno da adultização precoce está sendo observado em toda a sociedade. A internet atualmente possui vários sites de relacionamentos, dentre eles podemos destacar o Orkut, onde tem sido permitido crianças exporem suas fotos e manterem amizades com colegas. É constrangedor saber que há pais que se interessam em colocar fotos de suas filhas onde elas aparecem com pouca roupa e de maneira sensual, algo absolutamente inadequado.

Hoje, devido à influencia da mídia, as crianças observam muito mais o modo de viver e agir da sociedade adulta, no qual a mulher se destaca com beleza fútil e comportamento sensual, fomentando nas filhas o prazer inadequado de identificação.

Encontramos em toda sociedade pais que caminham sem sentir o peso da culpa. Insensíveis em sua maioria, e na sua permissividade, desconhecem o verdadeiro amor. Por sua vez, a internet tem penetrado em todo o âmbito da sociedade, servindo de campo de atuação para exploração sexual infantil, onde os pedófilos aproveitam-se do anonimato, como uma “terra sem lei”, para relacionar-se com crianças. De modo assustador, as notícias são cada vez mais surpreendentes: assédios sexuais, estupros, crianças desaparecidas, pré-adolescentes grávidas etc. É de suma importância prevenir, informar, alertar e ensinar a sociedade, através da Palavra de Deus, que combata essas situações hostis.

É interessante que cada pessoa assuma o compromisso de procurar evitar que o fenômeno da adultização precoce se propague cada vez mais. A igreja do Senhor, que possui as armas espirituais da milícia, deve estar pronta para rechaçar esse tipo de comportamento. “Abre a tua boca a favor do mundo, pelo direito de todos os que se acham em desolação”, Pv 31.8.
Infelizmente, esse fenômeno tem entrado em nossas igrejas pela ausência de vigilância espiritual, de comunhão com Deus, pela falta do autocontrole concedido pelo Espírito Santo na vida de muitos cristãos. A permissividade para participarem de determinados programas, desagradáveis ao Senhor, vem acontecendo cada vez mais.

As famílias ficam próximas no corpo, mas não de fato. Elas têm tido dificuldades na comunicação, no relacionamento. Algumas mães saem para trabalhar e deixam as suas crianças à mercê dos programas virtuais nocivos e desorganizadores da formação do caráter dos filhos. O salmista afirma: “Não porei coisa má diante de meus olhos”, Sl 101.3.

Observamos meninas que têm frequentado cultos apresentando-se com vestimentas inadequadas para a sua idade, e as conversas entre elas giram em torno de um comportamento que também não é próprio para as suas faixas etárias. Com meninos vemos o mesmo. O detalhe é que a Bíblia é pouco usada por essas crianças. Logo, vê-se a importância que a Palavra de Deus deve ter na vida dessas crianças.

A importância do ensino bíblico

A adultização precoce percebe-se também até mesmo nas igrejas onde o povo é mais simples. É o caso das crianças com vestimentas imitando os adultos influentes da congregação, às vezes devido à imposição daqueles que são responsáveis por elas. Alguns pais também têm procurado vestir os meninos constantemente como “pequenos pastorezinhos”, de colete, terno e gravata, e os incentivam a impostarem a voz, imitando os adultos.

A Escola Dominical tem assumido grande responsabilidade, vinda da parte do Senhor, concernente ao ensino da santa Palavra de Deus às famílias e à sociedade de forma geral. No seu desenvolvimento, tem trabalhado em prol do resgate de muitas famílias para os caminhos do Senhor. Esse órgão competente na Igreja do Senhor poderá fazer muito mais, de uma forma coadjuvante, unindo as famílias em todo o Brasil e fora dele, a fim de estabelecer relações com a finalidade de aprenderem a Palavra de Deus e exercitá-la. “Conheçamos, e prossigamos em conhecer ao Senhor; como a alva será a sua saída; e ele a nós virá como chuva, como a chuva serôdia que rega a terra”, Os 6.3.

A ED, na abordagem dos seus temas, tem sido dirigida pelo Espírito Santo e confirmada por Ele no desenvolvimento do ensino (Ne 9.20). “Ajunta o povo, homens e mulheres, e meninos e os teus estrangeiros que estão dentro de tuas portas, para que ouçam e aprendam e temam ao Senhor, e tenham o cuidado de fazer todas as palavras desta lei; E que seus filhos, que não souberem, ouçam e aprendam a temer ao Senhor vosso Deus, todos os dias que viverdes sobre a terra a qual ides, passando o Jordão, a possuir”. Dt 31.12-13.

Como os professores da ED podem lidar com uma criança que sofre de adultização precoce? A base do cristão para enfrentar quaisquer circunstâncias adversas é a oração. Os professores devem orar pelas crianças e com elas. É importantíssimo trabalhar a conduta do pequenino, levando-o a participar dos trabalhos infantis, refletindo sobre eles, mostrando sua importância nas atividades desenvolvidas na ED. Todo trabalho deve envolver também princípios da Palavra de Deus. É de suma importância conscientizá-los sobre o valor de ser criança - suas oportunidades, seus papéis - clarificando que o uso de determinadas vestes e certas posturas são inadequadas para elas.

Deve-se ensinar que maquiagem é imprópria para as crianças, pois não é desenvolvida originalmente para elas, poderá alterar a pigmentação da pele das crianças e não se faz necessário. Deve-se ensinar também que crianças não devem vestir roupas sensuais como de adultos. Convém ensinar para elas ainda que “as más conversações corrompem os bons costumes” (1Co 15.33). Deve-se, finalmente, trazer à lembrança dos pais que a intensificação na oração pelos filhos, a fé em Jesus Cristo, o amor e a autoridade sobre eles fortalecerão o relacionamento da família no Senhor. É interessante adverti-los sobre os perigos eminentes que o fenômeno da adultização precoce pode acarretar de um modo geral. “Onde não há conselhos os projetos saem em vão”, Pv 15.22.               

É possível reverter esse quadro?

Em nome de Jesus, sim! Aplicando a Palavra de Deus, que tem poder de ação regeneradora e transformadora nos corações, instalando-se a vontade criadora do Nosso Senhor Jesus Cristo. Os pais devem levar muito a sério o Reino de Deus. É fundamental ter uma vida de santificação ao Senhor, influenciando a família, tendo em vista que os pais são os referenciais dos filhos. “Sem a santificação ninguém verá o Senhor” (Hb 12.04).

Vale notificar que para muitos pais é a criança que é desobediente, ela é quem precisaria de mudança de comportamento. Entretanto, a mudança deve ocorrer também a partir dos pais ou responsáveis (Dt 6.2). O culto doméstico é indispensável nesse processo, pois une as forças da família e age como prevenção em relação ao engano e ao pecado. Por fim, a dedicação ao Senhor precisa ser sem restrições, e isso influenciará os filhos (Dt 6.5,7).  

FONTE:http://www.blogfiladelfia.com Via Blog Jovens Adoradores

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